Do amor e outras coisas que se podem trocar - Epílogo

O sábado estava ensolarado, mas a temperatura era amena. Mário e Sandra combinaram de se encontrar bem cedo no mesmo ponto de ônibus em que tomavam o coletivo todos os dias. O destino era o Jardim Botânico, na Zona Sul da cidade. O convite soou exótico aos ouvidos de Sandra, que desde muito nova tinha como único lazer as praias e as boates e, talvez por isso, não conseguia imaginar nada de interessante para se fazer num lugar como aquele. Sem contar a distância que os separava do programa: dois coletivos, algo em torno de duas horas de viagem. Mas desenvolvera uma confiança na inventividade de Mário e sabia em seu íntimo que o passeio seria de alguma forma proveitoso. Ele, por sua vez, escolhera o lugar por dois motivos: queria um ambiente onde pudessem conversar por um longo tempo sem muitas pessoas ao redor para lhes tirar a privacidade; acreditava que todas as mulheres do mundo gostavam de flores. Mas não Sandra, que não tinha nenhuma lembrança terna para associar a elas e, além disso, era um tanto insensível à beleza em suas mais diversas formas. Não se encantava com crianças pequenas, cachorros brincalhões, pássaros graciosos e muito menos com as flores em sua beleza estática.

Após alguns minutos de caminhada pelas alamedas do jardim, Sandra já dava sinais de fastio, o que foi imediatamente percebido por Mário, atento às mínimas nuances no semblante de sua companheira. Vendo que nem o orquidário, com sua coleção de plantas raras e bem cuidadas, produzira efeito na fisionomia da moça, achou Mário por bem dar início aos diálogos que havia planejado de antemão. Avistou um banco de madeira debaixo de uma grande árvore que pareceu-lhe o lugar ideal. “Coitado! O pobrezinho está se esforçando. Mas isso lá é lugar para trazer uma mulher que se está querendo conquistar? Na certa achou que eu fosse uma dessas que derrete-se diante de um ramalhete de rosas murchas”, pensava Sandra, “Bom, pelo menos ele tem potencial”.

- Cá estamos. Que lugar bonito nós conseguimos. – disse Mário num suspiro – Sabe, é nesses momentos que eu tenho certeza que Deus existe. Olha só pra isso, que céu!

Sandra fitou-o de soslaio, franzindo o cenho, como se ouvisse algo completamente fora de ocasião.

- Conte-me algo sobre você – continuou Mário. – Sua infância por exemplo, como foi?

Sandra contou-lhe sobre sua infância aquilo que o leitor já conhece. Começou sua narrativa num tom amargo, seco, como alguém que preenche por obrigação as trinta linhas de uma redação escolar. Porém, pouco a pouco, enquanto vasculhava a memória à procura de detalhes e ia deparando-se com as doces lembranças da vida de criança, sua voz enterneceu-se. Os olhos brilhantes de Mário, que acompanhavam tudo com muito interesse, transmitiram tanto afeto que Sandra sentiu um calor aquecer-lhe o peito. Tinha medo daquele novo sentimento que despontava. “Nada apavora mais o homem do que aquilo que muda seus hábitos”, já dizia Dostoiévski.

- Agora eu já falei de mim. É a sua vez de ser investigado pela lente da verdade – disse Sandra com um franco sorriso de lado a lado do rosto.
- Bom, o que eu tenho a dizer? Joguei bola a infância inteira, matava aula, ouvia as broncas do meu pai...
- E sua mãe?
- Não me recordo muito bem dela, já que faleceu quando eu era bem pequeno.
- Puxa, deve ter sido uma infância difícil.
- Na verdade não. Foi mais fácil pra mim, que não tive contato com ela, do que pro meu pai, que sofre até hoje.
- Nossa! Como meu pai me fez falta. Acho que eu não teria sofrido metade do que sofri se ele estivesse vivo.

E Sandra se pôs a contar suas desilusões amorosas do princípio da adolescência, os rapazes que a ludibriaram, o encrudecimento de sua visão do amor e o desprezo que desde então nutrira pelos homens.

- Eu me pergunto como podem existir pessoas assim! – exclamou Mário indignado. – Veja só o que esses homens desperdiçam. Eles têm momentos com o corpo e jogam toda a imensidão da alma fora. É como comprar uma garrafa de refrigerante, divertir-se com a tampinha e jogar todo o restante na lixeira. Nenhum deles pôde experimentar um momento de descoberta como esse que estamos vivendo. É a total degradação do gênero humano!

Sandra, assustada, fitava Mário em seu transporte de fúria. Não compreendia a razão de tamanho arroubo. “Será que ele é gay?”, pensava, “Não, não. Ele não tem jeito de gay. Mas será que é tão difícil assimilar que os homens devem levar as mulheres para a cama?”. Mário entendia que sua grande missão com Sandra era transmitir-lhe a idéia de que cada pessoa é universalmente única e salvá-la deste ciclo humano de autodestruição.

- Mas conta-me sobre tua adolescência. – disse Sandra, tentando mudar de assunto.
- Passei-a toda nos campos de futebol. Diziam que eu tinha talento. Joguei no juvenil do Flamengo e cheguei a fazer peneira para os profissionais.
- E porque você não passou?
- Eu sei muito bem porquê. O roupeiro do clube era um velho conhecido do meu pai e apreciava muito meu futebol. Ele contou-me posteriormente que a peneira já estava combinada com alguns empresários para selecionar certos garotos. Coisa de peixe grande. Aí já viu...
- Por que você não tentou outras peneiras?! São tantos os jogadores dispensados várias vezes mas que viram profissionais depois.
- Eu sei disso, e todos me incentivaram a tentar novamente. Mas eu achei, e ainda acho, que não era pra eu ser jogador de futebol. Sabe lá em quem eu me transformaria vivendo naquele mundo de badalação e vaidade? Talvez nos anos quarenta, a era do futebol romântico, eu tivesse um grande nome. – disse Mário, suspirando. - Mas não me sinto nem um pouco ressentido. Ainda dou meus lençóis e canetas nas peladas de domingo e me sinto satisfeito.
- Se eu estivesse no seu lugar, teria dado a vida para ser um jogador. Só de não ter que pegar aquele ônibus lotado todas as manhãs já valeria a pena.
- Eu não trocaria este momento que estamos vivendo pelas maiores glórias do futebol. Ter uma alma sensível às belezas do mundo é um bem mais valioso que a fama e a fortuna. Você acha que eles dão o mesmo valor que você a um carro de luxo? Eles o dirigem com a mesma sensação de coisa comum com a qual você paga sua passagem no ônibus.

Sandra não só discordava, como também achava absurdas as idéias de Mário. Aceitava que uma pessoa rica discursasse sobre a inutilidade do dinheiro, da fama e da fortuna. Mas não admitia isso vindo dum porteiro suburbano órfão de mãe. “Deus colocou-o no mundo, jogou seu endereço fora, mas, ainda sim, aí está ele falando sobre alma, beleza e amor”, pensava Sandra. Apesar de não possuir nenhuma atração por suas idéias, sentia por ele uma admiração crescente. Este era o primeiro homem com quem se relacionava que possuía idéias e se orgulhava delas. Os demais, ou não as tinham, ou não se dignavam a compartilhá-las com ela, mero bibelô de suas fantasias. A ocorrência deste pensamento afligiu-a. Sentiu-se humilhada.

Mário, notando os novos contornos entristecidos na face de Sandra, decidiu animar a atmosfera com uma nova caminhada, mas dessa vez ao som do tocador de músicas, pivô inconsciente de tantos engendros do destino. Cada um ficou com um fone e Mário pôs a nona sinfonia de Dvorák para tocar. A proximidade física imposta pelo comprimento limitado dos fones de ouvido obrigou-os a caminhar ombro a ombro.

- Se importa? – perguntou Mário, enquanto pousava levemente sua mão no ombro de Sandra.
- Não. – respondeu Sandra, pensativa.

Sandra fitou Mário, enquanto este olhava para o céu suspirando, como que contemplando uma beleza invisível aos olhos dela. “Que sujeito simples, e doce”, ela pensou. Sentiu-se imensamente tranqüila, e começou a contemplar a sua volta. O céu explodia num azul fulgurante, contrastando com o verde vigoroso das copas das árvores. Observou um casal de pequenos pássaros que voavam entre seus galhos, numa brincadeira sem fim. O sol perfurava a folhagem das árvores, desenhando no ar uma chuva dourada, composta por inúmeros raios amarelos resplandecentes. Aquela música colossal, por ela tão adorada, parecia ter sido composta como trilha sonora para o passeio despretensioso daquelas alvas nuvens que desfilavam diante de seu olhar contemplativo. Tudo a sua volta parecia majestoso e envolto numa áurea gloriosa. Na pele de seu ombro, a mão larga de Mário repousada, transmitia carinho e proteção. O sentimento de humilhação deu lugar ao êxtase, seu coração pulsou com ardor e uma grande alegria apossou-se de sua alma. Uma lágrima cristalina escorreu do canto de seu olho esquerdo. Ela apressou-se em secá-la e sorrir abertamente para Mário, que interrogara-lhe com o olhar. “É o sorriso mais lindo que já vi”, pensou ele. E tratava-se deveras de um sorriso novo, que refletia um sentimento igualmente novo. O sorriso arteiro, insolente, deu lugar ao júbilo sincero de um ser inteiramente renovado pela constatação da existência da beleza e do amor.

Quando sentaram-se novamente no banco de madeira, Sandra, radiante, com um largo sorriso nos lábios e um brilho intenso no olhar, disparou:
- Acho que não vai ser difícil, custoso e nem um pouco demorado te amar. Esse aparelho está no papo! – e abraçou-lhe carinhosamente.

Mário não esperava essa manifestação de carinho repentina vinda de Sandra, que até momentos antes daquele mágico sorriso passara o dia com a expressão fechada e manifestando opiniões contrárias às suas, se não com palavras, com a contração reprovadora de sua sobrancelha esquerda. Agora, aquela mulher estonteante lançava-se vivamente em seus braços, como uma criança procurando colo. Diferente do êxito que lograra com outras mulheres, Mário não via em Sandra os sinais de fraqueza da rendição, mas uma espécie de êxtase oriundo de um acontecimento interior, como se ela houvesse descoberto algo por si mesma, independente das táticas por ele aplicadas. “Ela é original até na hora de se apaixonar”, pensou.

Sentaram-se novamente num banco e permaneceram abraçados. Sandra, que tinha a cabeça pousado no peito de Mário, levantou o rosto de forma lenta porém resoluta, olhou-o nos olhos com um brilho intenso e aproximou lentamente os lábios dos dele.

- Ei! Não esqueça que eu prometi não encostar um dedo em você – disse Mário, sem afastar-se um milímetro da adorável cútis dourada da moça.
- Para todos os efeitos, sou eu quem está quebrando o trato. – respondeu Sandra, beijando-o em seguida.

Sandra sentia seu coração palpitar como no primeiro beijo. Um forte tremor percorria todo seu corpo. Tentava, mas não conseguia compreender tamanho arroubo, uma vez que seu raciocínio estava entrecortado por irrompimentos de emoção incontroláveis que assemelhavam-se a explosões de fogos de artifício. Tão intenso era seu arrebatamento, que sequer pensava em Mário. Nem mesmo pensava, apenas deixava-se conduzir. Entrementes, Mário era arrastado pelos atributos de Sandra, sem condições de ensaiar resistência. A pele quente, os lábios macios e carnosos, acompanhados do doce som da respiração gemente da moça ateavam fogo a sua volúpia, que atingia níveis até então desconhecidos dele próprio. Não era um primeiro beijo clássico, romântico, gentil. Era carregado de uma espécie de violência velada, a explosão de um desejo reprimido somada ao êxtase inconsequente de uma alma há pouco realizada. Esqueceram-se de que estavam num parque público e ultrapassaram os limites da compostura com seus beijos acalorados. Algum tempo depois, seguiram para um motel, onde se entregaram completamente um ao outro.

Vários dias e encontros passaram-se, era sábado novamente e Sandra estava radiante. Havia feito uma descoberta surpreendente: estava amando Mário. Contava os segundos para contar-lhe a notícia. “O trato deu certo. Quem podia imaginar uma coisa dessas?”, admirava-se. Assim que Mário chegou ao local marcado para o encontro, Sandra correu até ele e enlaçou-o pelo pescoço.
- Tenho uma nova para te contar! – disse ela efusivamente.
- Nossa! Que animação toda é essa? – perguntou Mário, sorrindo junto com ela.
- Eu descobri que... finalmente... estou amando! – e abraçou-o e beijou-o repetidas vezes.
- Que coisa maravilhosa, minha querida!

Eles continuaram caminhando lado a lado, de mãos dadas, alegres como namorados colegiais. Mário sentia a inebriante paz do dever cumprido. Seu orgulho tentava convencer-lhe de que suas manobras engenhosas eram as responsáveis por aquela visível metamorfose emocional, mas bastava-lhe uma breve reflexão para lembrar do que concluíra dias antes no jardim: Sandra havia deliberadamente despojado os conceitos que levara uma vida para cunhar em nome de outros nos quais nem mesmo cria. “Foi como uma conversão”, ele pensou. Sandra, vendo efervescer em si sentimentos enterrados desde a adolescência, sentia-se segura. Era como se nada mais lhe faltasse no mundo. Agora que finalmente amava, não via razão para envergonhar-se diante das velhas senhoras de sua rua que condenavam-lhe o comportamento. O amor era sua redenção. Entretanto, lembrou-se de que uma coisa ainda lhe faltava: o prêmio da aposta. A gritante necessidade de outrora, que levou-lhe às atitudes mais desprezíveis, desaparecera por completo. Mas se isso era um direito seu, e era assim que ela compreendia, devia reivindicá-lo.

- Mário, meu amor, acho que agora mereço meu prêmio... – disse Sandra alegremente.

Mário deu um salto, como se ouvisse a última coisa do mundo que esperava sair dos lábios de Sandra.
- Como assim?! Então tudo não passou de uma simples aposta!? Quando lhe propus o trato estava certo de que, uma vez me amando de verdade, você esqueceria completamente a recompensa. Afinal de contas, a recompensa sou eu e o amor que sentimos! – disse ele indignado.
- Mas nós fizemos um trato, meu querido. Agora que eu te amo, é meu direito ter o tocador de músicas. – respondeu Sandra num tom conciliador.
- Mas como terei certeza desse amor? A única evidência que eu posso ter para validar seu sentimento é a abdicação do prêmio que lhe era tão importante em nome desse sentimento maior.
- Mário, ouça-me: eu te amo – disse ela pausadamente - . E justamente por isso, o aparelho agora me pertence. Foi o que combinamos. Não existe nada nesse mundo que possa provar a existência do meu amor por você. Amor não se prova.

Sandra fazia questão do aparelho por causa de sua natureza reivindicadora. Era do tipo de pessoa que faz questão do último centavo no troco de um sorvete. Mário sentia-se abalado com aquilo que julgava uma demonstração de mesquinharia. Desconfiava que o profundo sentimento demonstrado por Sandra não passava de um ardil para conseguir o aparelho. Tal desconfiança causava-lhe pontadas de intensa dor no peito, uma vez que já havia se afeiçoado imensamente à moça. Atribuir-lhe tal pequeneza d´alma era ver desaparecer para sempre a imagem de mulher única e original que via nela.

- Nada neste mundo existe sem evidências, - argumentava Mário professoralmente - nem mesmo as coisas invisíveis! Vemos o ar levantando as folhas que ficam pelo chão. Não podemos enxergar a energia elétrica, mas sentimos a força de seu choque ao tocar algo pelo qual ela percorre. Tudo que existe, ainda que intocável, precisa ser evidenciado por alguma manifestação externa. O amor não é diferente!
- Mas claro que é diferente! – retrucou Sandra vivamente - O amor é um sentimento, ele existe por si próprio e ainda que ninguém creia em sua existência ele continua lá da mesma forma e com a mesma força. Eu poderia abrir mão do seu aparelho por pura polidez e ainda assim não lhe amar. Será que não enxerga isso? Se o sentimento que você carrega no peito exige uma evidência, uma prova, é qualquer coisa menos amor.
- Sandra, eu sinto muito, mas não posso acreditar que me ame somente por suas palavras. Existem pessoas que tiram a própria vida por amor. Seria este sacrifício vão, uma vez que o amor não pode ser provado? Nesse momento, sou vítima de uma dúvida mortal, que não pode ser elucidada sem uma prova concreta de seu sentimento. Mas vou dar-lhe a grande chance de provar seu amor por mim. Escolha o tocador de músicas, ele será seu, mas nunca mais me verá. Escolha-me e eu te amarei para sempre, mas venderei o tocador de músicas para o primeiro que aparecer.

Sandra estava atônita. Não compreendia como as coisas haviam chegado a esse ponto. Olhava fixamente nos olhos de Mário para ver se estes explodiam numa gargalhada, revelando apenas uma brincadeira de mal gosto. Mas a face de Mário permanecia estática. Sandra estendeu a mão com a palma aberta. Mário hesitou por alguns instantes, mas vendo a atitude resoluta da moça, tirou o aparelho do bolso e depositou-o sobre sua mão. Ela virou-se e foi embora. Houve um silêncio sepulcral. Mário ficou imóvel assistindo aquela encantadora silhueta distanciar-se. Os pequenos detalhes de suas roupas foram desaparecendo pouco a pouco até que ela se tornou apenas uma pequena mancha escura no horizonte. Enfim, ela desapareceu. Depois disso, nunca mais voltou a vê-la.

Mário pergunta-se até hoje se Sandra realmente o amou; se tudo aquilo não passou de um ardil para alcançar um objetivo; se ele foi um tolo ao dar-lhe o aparelho. Questiona-se também quanto a sua própria atitude: Porque havia quebrado sua palavra, cedendo a seus instintos mais vorazes como nunca antes havia feito, ao levar a moça para a cama aproveitando-se de seu estado emocional fragilizado? Não teria então agido como os demais homens de alma rasa, alvos de suas críticas mais ácidas? Quem então havia quebrado o trato, quem havia dito a verdade?

Sandra nada se pergunta.

5 comentários:

Anônimo disse...

É bem verdade que o nome próprio Mário rima com a palavra Otário.
É bem verdade também que, costumamos não ter muito cuidado com aquilo que desejamos.
Os dois ganharam, de uma forma ou de outra, aquilo que queriam e a moral da história?
O mundo vai continuar girando... e girando... e girando...

Anônimo disse...

Fica então a questão: o amor muda as pessoas? aquilo que anos esteve na alma da pessoa pode ser arrancada em poucos dias, ou meses? Ambos continuaram a ser os mesmos, isso nao se muda em algumas semanas.

É sempre bom nos lembrarmos que deevemos amar mas não mudar, ate pq se consgeue isso deixamos de ama-la.

fjunior disse...

cara,

gostei, confesso que o final ficou diferente do que eu imaginava... mas gostei... confesso que gostaria de ter visto alguns pontos do conto mais aprofundados... falando de outros aspectos, o Mário é uma espécime que tende a desaparecer, pois certas coisas numa relação entre homens e mulheres não há como ser diferente, faz parte do jogo da sedução, da trama que anela duas almas... por fim, é o que o chato do Leoni diria, "garotos como eu sempre tão espertos, perto de uma mulher são só garotos..."

abraços!

Anônimo disse...

Gostei. Diferente, não-convencional, final inesperado.
Mas eu discordo da Luciana. Eu acho que mudar faz parte de nós. Ninguém passa pela vida, do nascimento à morte, sem mudar sob nenhum aspecto. Por experiência própria eu sei que nós mudamos sim, nos adaptamos ao outro... e muitas vezes mudamos para não perder alguém.
Eu tenho aprendido que amar é uma escolha. Vc não muda magicamente em alguns meses só pq está junto de alguém. Você pode escolher mudar porque quer, porque acha que deve ou precisa... você escolhe através das atitudes que toma.
A Sandra poderia ter escolhido abrir mão do aparelho... estava na natureza dela reivindicar o objeto, mas a natureza não precisa dominar as escolhas que alguém faz.
Não estou dizendo que ela está errada, porque achei o Mario bem intransigente também. Foram apenas... escolhas.

suzana_rebeca disse...

Fuderoso.